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Cap 164 Mais uma manobra do Comandante
Cap 164 Mais uma manobra do Comandante

 

           Ao retornarmos de Brasília, os presidentes das Associações de Subtenentes e Sargentos, de Cabos e Soldados convocaram os seus associados, a fim  de efetuarem  um desconto parcelado nos vencimentos dos sócios para pagar os honorários do advogado contratado em Brasília.

Muitos policiais, que não foram à assembléia, não gostaram do desconto. Elementos de má índole fizeram a cabeça de dezenas de policiais para não aceitarem o desconto, mandando-os telefonar ao advogado protestando o pagamento dos honorários sob a alegação de não haverem contratado nenhum advogado. Um subtenente da Reserva Remunerada, que fazia o jogo sujo de quem achatava as nádegas nos assentos almofadados do Alto Comando da PM, e seguindo fielmente o que lhe fora orientado, telefonou ao doutor José de Ribamar de Aguiar ao qual disse desaforos e lhe fez severas ameaças.

Tamanho absurdo motivou alguns amigos de Ribamar a aconselhá-lo abandonar a causa, ele, porém, não o fez.

O Comandante Geral, a quem caberia se aliar à questão judicial, preferiu, destarte convocar o  presidente da Associação de Cabos e Soldados, que representava a maioria dos praças, orientando-o pegar um abaixo-assinado dos policiais da capital e do interior, dirigindo-o ao Secretário de Administração, solicitando a suspensão do desconto.

À véspera do calendário de pagamento dos servidores do estado, não deu outra. O secretário mandou  suspender todos os descontos destinados aos  honorários advocatícios e fazer o estorno à conta bancária da tropa.

Sem a efetivação do recebimento, conseqüentemente, não teríamos como pagar ao advogado de Brasília, que, sem receber o que lhe era devido, abandonou a causa.

E era tudo quanto o comandante queria.

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