Jesus é preso e levado à
presença do sinédrio
“Levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos e os escribas. E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.”(Marcos 14:53,55)
Muitos davam falsos testemunhos contra Jesus, mas não era conforme os seus inimigos queriam. E foram muitos que assim o fizeram.
No sinédrio, levantou-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus, dizendo:
“Nada respondes? Que testificam estes contra ti?” (Marcos 14:60)
Jesus nada respondeu-lhe. O sumo sacerdote, contudo, insistiu perguntando-Lhe:
“És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?”(Marcos 14:61)
Agora, Jesus lhe respondeu:
“Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.”(Marcos 14:62)
Enraiveceu-se o sumo sacerdote, conforme está escrito em Marcos, capítulos 14, versículos 63-64:
“E o sumo sacerdote, rasgando os seus vestidos, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.”
Sinédrio, de acordo com o nosso dicionário, significa: Supremo conselho, entre os hebreus.
Jesus é agredido com cuspidas, unhadas e bofetadas
“E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe unhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.” (Marcos 14:65)
Pedro nega a Jesus
Por três vezes Pedro negou a Jesus, conforme nos relata Marcos, capítulo 14, versículos 66 a 68.
Pedro, que assistia a tudo, eis que se aproximou dele uma das criadas do sumo sacerdote, olhou para ele e disse-lhe:
“Tu também estavas com Jesus Nazareno.”
Logo, ele respondeu:
“Não o conheço, nem sei o que dizes.”
Pedro foi até ao alpendre, quando o galo cantou.
Marcos nos descreve que a mesma criada reconheceu Pedro outra vez:
“E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.” (capítulo 14:69)
Porém, Pedro negou outra vez.
Continuando, Marcos relata:
“E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu.” (capítulo 14:70)
No relato do versículo 71, diz que Pedro começou a imprecar e a jurar, dizendo:
“Não conheço esse homem de quem falais.”
Nem fechou a boca direito, e o galo cantou pela segunda vez, lembrando-se, portanto, do que Jesus lhe dissera quando estava com eles:
“Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás tu. E, retirando-se dali, chorou.”
O dicionário diz que imprecar significa: Rogar pragas. Dizer imprecações. Suplicar. Pedir veementemente a alguém.
Jesus na presença
de Pilatos
No dia seguinte, logo ao amanhecer, os inimigos de Jesus – principais dos sacerdotes, os anciãos, os escribas e todo o sinédrio – o amarram, levando-O para entregar a Pilatos. (Marcos 15:1)
Pilatos foi logo Lhe interrogando:
“Tu és o Rei dos Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.” (Marcos 15:2)
Perante Pilatos, os inimigos de Jesus Lhe fizeram muitas acusações, não obstante, Ele permanecia calado.
Em face das acusações contra Jesus, Pilatos O interrogou, dizendo:
“Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti. Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.” (Marcos 15:4-5)
Marcos em sua narração, diz:
”Ora no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem. E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.”
A multidão, apoiando as acusações contra Jesus, gritava pedindo que lhe fizesse como sempre era feito, soltando um preso da preferência de todos.
E Pilatos lhes respondeu, dizendo:
“Quereis que vos solte o Rei dos Judeus? Porque ele bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado. Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.” (Marcos 15:9-11)
E Pilatos, respondendo-lhes disse outra vez:
“Que quereis pois que faça daquele a quem chamais Rei dos Judeus?
E eles tornaram a clamar:
“Crucifica-o.”
Mas Pilatos lhes disse:
“Mas que mal fez?”
E eles não o acusavam de nada, tão-somente gritavam:
“Crucifica-o.”
Satisfazendo o desejo da multidão, Pilatos mandou soltar Barrabás, e após açoitar Jesus, entregou-O aos seus malfeitores para ser crucificado.
Sendo entregue aos soldados, os quais O retiraram da sala de audiência e convocaram toda a coorte.
Coorte, segundo o dicionário, quer dizer: Grupo, multidão, gente armada, décima parte da legião romana.
Os soldados escarneceram de Jesus com diversas humilhações, conforme está escrito:
“E vestiram-no de púrpura, e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoraram. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com os seus próprios vestidos; e o levaram para fora a fim de o crucificarem.” (Marcos 15:17-20)
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