Como já vimos, só o Cordeiro romperá os seis primeiros selos, conforme veremos descritos neste capítulo, ocorrendo, portanto, os sete primeiros julgamentos, que entra em ação os acontecimentos do fim de todas as coisas.
Os julgamentos representam o juízo de Deus sobre os ímpios, cujo juízo vem com selos, trombetas e taças, iniciando-se com os selos.
Os quatro cavaleiros
Abertura de um dos selos
“E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.” (Apocalipse 6.1-2)
Há um chamado: “Vem”, Seguindo-se “Vê”, levando o verbo para a terceira pessoa do singular do presente do indicativo com o sujeito oculto, pois os quatro animais chamaram João para ver um cavalo branco e o que estava assando sobre ele, que tinha um arco, portanto, duas figuras: 1ª) o transportador irracional; 2ª) o transportado espiritual.
O pastor Elinaldo Renovato, no seu comentário, diz que “Quando Jesus abre primeiro selo, tem lugar um evento de grande significado. Surge um cavalo branco, e, nele está montado um personagem que “tinha um arco, foi-lhe dada uma coroa, e para vencer” (Ap 1.2), Trata de uma falsa paz, tipificada pelo cavalo branco. O personagem é o Anticristo, que enganará as nações, sedentes de paz. Ele se assentará no templo em Jerusalém, dizendo-se Deus (2 Ts 2.4); receberá adoração (Ap 13.12); fará aliança com Israel por sete anos (Dn 9.27); implantará uma falsa paz, e será rompida na metade da Grande Tribulação: “|Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3)
Este capítulo do Apocalipse é um dos mais interessantes, pois dele depende a compreensão de quase tudo o que virá acontecer sobre as revelações de Jesus Cristo – o Filho do Homem.
Depois do cavalo branco e seu cavaleiro, surgirão mais três cavalos com os seus respectivos cavaleiros.
O comentarista explica que “...é como teremos de ver adiante, uma reafirmação de tudo o que o Senhor Jesus Cristo nos fala a respeito do fim nos Evangelhos. Há uma confirmação entre os relatos de Cristo sobre o fim, com os relatos dos profetas Daniel, Joel e Zacarias e este capítulo 6 do Apocalipse.”
Abertura do segundo selo
Com o segundo selo, vem o juízo de Deus sobre a terra, conforme os versículos 3 e 4, do mesmo capítulo 6, que descrevem:
“E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.”
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João vê as coisas que hão de acontecer na terra – no mundo dos viventes -, visto que tudo é decidido pelo Deus Altíssimo.
A visão do cavalo vermelho é o símbolo de guerra, e quem estava montado nele era o anticristo, sendo-lhe permitido tirar a paz da terra, matando-se uns aos outros. Uma grande espada que alcançará a todos. Esta é uma das missões do anticristo, o qual faz tudo contrário à mensagem de Jesus na cruz (Lucas 23:34)
Abertura do terceiro selo
“E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.” (Apocalipse 6.5-6)
O cavalo preto representa desgraça, e tempo de muita angústia, seguindo-se fomes, inclusive com excessiva escassez de alimentos jamais visto.
O comentarista diz “O que uma pessoa podia ganhar em um dia de trabalho seria suficiente apenas para si mesma, e para ninguém mais, nem mesmo para sua família. Então, isto levaria a uma fome geral e alastrada, que será outro resultado devastador da guerra.”
Ocorrerá uma escassez de alimentos jamais vista. Quem não tiver o sinal de Besta não poderá comprar, nem vender. (Ap 13.17-18).
Abertura do quarto selo
O Cordeiro abrirá o quarto selo, quando João ouvirá a voz do
quarto animal, que dirá: Vem e vê. E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.” (Apocalipse 6.7-8)
O cavalo amarelo simbolizará morte em larga escala, em decorrência das desgraças constantes nos versículos 7 e 8, do mesmo capítulo 6.
O que estava montado sobre o cavalo amarelo tinha o nome de Morte, cuja missão era matar a quarta parte da terra, e o inferno seguia recolhendo almas e espíritos dos seus.
Morrerá a quarta parte da população mundial, cuja população até o dia 24 de fevereiro de 2020 é de 7.690.202.345 (sete bilhões, seiscentos e noventa milhões, duzentos e dois mil) habitantes, dividindo-se por um quarto, representa 1.922.550.586 (um bilhão, novecentos e vinte e dois milhões, quinhentos e cinquenta mil, quinhentos e oitenta e seis) habitantes morrerão neste julgamento.
Abertura do quinto selo
Na abertura do quinto selo, João viu debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor à Palavra de Deus e por amor do testemunho que deram (Ap 6:9)
Depois da partida dos quatros cavalos, o Cordeiro abriu o quinto selo. Este selo apresenta as almas dos santos, que amaram a Jesus e guardaram os seus mandamentos (João 14.15); dos que creram em “um só Senhor, e uma só Fé...” (Efésios 4.5), e permaneceram firmes e perseveraram na fé em Nosso Senhor Jesus Cristo até o fim (Marcos 13:13).
As almas clamavam, dizendo: “Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap 6:10)
É o clamor por vingança por parte dos mártires, contra os seus perseguidores, bem como os que perseguem os seguidores do Cordeiro.
Debaixo do altar também estarão as almas dos santos, que serão perseguidos, martirizados e assassinados durante o governo do anticristo.
O comentarista diz que “esta é uma oração imprecatória – uma oração pedindo vingança contra os inimigos de Deus. Assim como Davi tinha escrito salmos que pediam vingança contra os seus inimigos...” – Comentário ao Novo Testamento, Aplicação Pessoal.
Imprecatória: Semelhante a uma imprecação. Imprecação: Súplica veemente. (Dicionário da língua portuguesa)
As almas receberam vestes brancas e compridas, sendo-lhes dito que repousassem mais um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram (Ap 6.11). Aqui, o Senhor Deus lhes dá recompensa e honra, vestindo-os de vestes brancas.
O pastor Elinaldo Renovato diz que “João deixa de ver animais e tem a visão de mártires que foram mortos na Grande Tribulação por sua fé em Cristo, por seu testemunho e amor à Palavra de Deus (Ap 6.9-11); eles são salvos em meio à Grande Tribulação. Não são a Igreja militante. Eles clamam por vingança contra os “que habitam sobre a aterra” (Ap 6.11)”
A abertura do sexto selo
Com o sexto selo vem a mão do Senhor Deus agindo com força,
conforme o capítulo 6 e seus versículos 12 e 13, descrevem:
“E, havendo aberto o sexto selo olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue. E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.”
“Vê-se um grande tremor de terra (global), eclipse total do sol; a lua ficará vermelha; as estrelas caem (meteoros); o espaço sideral se muda; os montes e ilhas são arrasados; os governantes da terra, os poderosos e os povos se escondem, clamando que os montes caiam sobre eles, por causa da “ira do cordeiro.” não se sabe quantos morrem nesse evento.” (Do pastor Elinaldo Renovato, autor do livro O Final de Todas as Coisas)
O senhor Nosso Deus, de há muito, tem anunciado pela boca dos Seus profetas as coisas que iriam acontecer antes do fim dos tempos.
No ano 800 antes de Cristo, Deus anunciou este avento do Apocalipse, capítulo 6, versículo 12, através do profeta Joel, como já vimos em texto anterior desta obra.
Na continuação dos sermões proféticos, o senhor Jesus anuncia sinais assustadores, conforme Mateus, capítulo 24, versículo 29, descreve:
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.”
Alguns comentaristas dizem que estes sinais se cumpriram simultaneamente com o terremoto acontecido em Lisboa, no mês de novembro de 1755; Em meio de 1780, na Nova Inglaterra (EUA) e Canadá, o sol escureceu; A Lua em cor de sangue, no dia 19 de maio de 1780; e houve queda das estrelas, na noite de 13 de novembro de 1833.
Tal interpretação não tem fundamento, pois conforme vimos no capítulo 24, versículo 29, de Mateus, estas coisas ainda não se cumpriram, pois os fatos citados foram localizados.
“E o céu retirou-se como um livro que se enrola; todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.” (Apocalipse 6:14)
O sexto selo traz o juízo do Senhor Deus sobre a terra. Até então a Sua manifestação era localizada.
Hernandes Dias Lopes, no seu livro de comentário Apocalipse – o Futuro Chegou, diz que “as portas da graça estão fechadas, é o dia da ira do Cordeiro.”
Certamente, não haverá mais arrependimento, e o juízo será sem misericórdia para os que não cumpriram as Sagradas Escrituras. O homem incrédulo vive enganado, pois mistura as coisas de Deus com às da carne. Lamentavelmente, o homem, que não examina as Escrituras (João 5.39), ouve e pratica as mentiras dos seus líderes religiosos.
Porém, as portas da graça ainda não fecharam, pois milhões dos que não subirem no arrebatamento da Igreja de Jesus, arrepender-se-ão e serão salvos, contudo, enfrentarão a espada da Besta de Apocalipse 13:1-3.
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