João ouviu uma grande voz vinda do templo, que dizia aos sete anjos: “Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.” (Ap 16.1)
Dizem os comentaristas do Beacon que “...presumivelmente essa era a voz de Deus.”
O primeiro anjo com a sua taça
“E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.” (Ap 16.2)
Esta chaga será semelhante ao que Moisés fez diante de Faraó, que diz: “E eles tomaram a cinza do forno e puseram-se diante de Faraó, e Moisés a espalhou para o céu; e tornou-se em sarna, que arrebentava em úlceras nos homens e no gado;” Êxodo 9:10)
Será a recompensa destinada aos adoradores da besta e de sua imagem, posto que, admirados e maravilhados, indagarão: “...Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (Ap 13.4)
O segundo anjo com a sua taça
“E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente.” (Ap 16.3)
Os pescadores não terão mais peixes no mar, tudo se desfará, pois no Egito somente os rios e tranques foram afetados (Êxodo 7:15-20), mas com a segunda taça as águas dos mares serão atingidas.
O terceiro anjo com a sua taça
“E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.” (Ap 16.4)
Esse é um quadro ainda mais parecido com a primeira praga no Egito, como já vimos, e é semelhante à terceira trombeta (Ap 8.11). Mas, enquanto o julgamento anunciado pela trombeta afetou somente uma terça parte do suprimento de água doce, aqui tudo é transformado em sangue – dizem os comentaristas do Beacon.
As fontes das águas e os rios se transformarão em sangue. É justiça Divina vinda sobre a terra em resposta às petições das almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e do seu testemunho, cujas almas clamavam: “Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap 6.9-10)
Surge o anjo das águas
João ouviu o anjo das águas, que dizia: “Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores..” (Ap 16.5-6)
O Beacon diz que “A justiça divina nesse julgamento é vindicada pelo anjo das águas. Ele reconhece que Deus tinha o direito de usar as águas para castigo dos pecadores.”
O julgamento de Deus atingirá um mundo rebelde e insensato, e fará justiça em defesa dos que foram martirizados (Ap 6.9), em resposta a oração dos santos perseguidos (Ap 13:7) – diz Hernandes Dias Lopes.
O sangue dos santos e dos profetas foi vingado, pois lhes foi dado sangue para beber.
João ouviu outro anjo do altar, que dizia: “Na verdade, Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”(Ap 16:7)
Esta segunda voz confirmou o que o anjo tinha dito (Ap 16.5). A personificação do altar aclamando a Deus mostra que tudo e todos irão louvar a Deus, reconhecendo a sua justiça perfeita. – Comentário do Novo Testamento, aplicação pessoal.
O quarto anjo com a sua taça
“E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe
permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.” (Ap 16:8-9)
Agora, quem é atacado é o Céu, pois Hernandes Dias Lopes diz que “Os pecadores que se arrependeram quando o sol escurecer são agora punidos mediante a intensificação do calor do sol.”
Eles se lembrarão de Deus, porém, para blasfemar contra o Seu santo nome, mas não darão glórias a Deus.
O quinto anjo com a sua taça
“E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras.” (Ap 16:10-11)
O tormento é a resposta de Deus para os que não se arrependerem através da terra e do mar, através da água e do fogo, mas Deus fará mais do que isso. Quando a quinta taça for derramada, todo o sistema humano é lançado em completa desordem.
Hernandes Dias Lopes diz que “O trono da besta é o maior golpe de Satanás. Ele invadiu toda a estrutura da sociedade humana, fazendo uma sociedade sem Deus.”
O sexto anjo com a sua taça
“E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demónios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso.” (Ap 16:12-14)
Pelo rio Eufrates sem água ocorrerá a invasão dos inimigos. Por pouco tempo, ainda se manifestará o poder trino do mal, que é o dragão, a besta e o falso profeta, cujo reino restará pouquíssimo tempo.
Os comentarista do Beacon dizem que “Antes, quando a sexta trombeta soou (Ap 9.13), quatro anjos foram soltos do rio Eufrates e milhões de cavaleiros foram soltos por eles para a destruição. Encontramos um paralelo impressionante aqui, quando descreve “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.”
No tempo do apóstolo João – o discípulo amado – essas coisas significavam uma invasão, que ameaçava o Império Romano pelos Partas, ano 53 antes de Cristo.
Os três espíritos imundos, semelhantes a rãs que saíram das bocas do dragão, da besta e do falso profeta, tudo nos leva crer que há semelhança com a segunda praga do Egito (Êxodo 8.6); também podemos citar Levítico, capítulo 11, versículo 10, que descreve: “Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas, nos mares e nos rios, todo réptil das águas e toda alma vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação.” E as rãs estão entre o que não tem barbatanas e escamas.
O sétimo anjo com a sua taça
O sétimo anjo com a sua sétima taça traz a destruição, conforme os versículos 17 a 21, do mesmo capítulo 16, que descrevem:
“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sabre a terra: tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilónia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva: porque a sua praga era mui grande.”
No versículo 17 diz que: “...grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito”, pois está terminado. Chegou ao fim.
É a manifestação da justiça de Deus. É a ira de Deus, a fim de castigar os que se rebelaram contra o Criador de Todas as Coisas.
A sétima taça trará terrível descontrole na natureza, com vozes, trovões e relâmpagos. Porém, assustador mesmo será um grande terremoto, como jamais ocorrera, desde que há homens sobre a terra, conforme completa o texto: “...tal foi este tão grande terremoto.”
Dizem os comentarista do Beacon que “O primeiro século ficou conhecido pelos diversos terremotos violentos, mas esse será o pior de todos.”
O terremoto será tão arrasador, que “...a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram.”
O comentarista Simcox diz que “...acha que este texto se refere à grande cidade de Jerusalém, citando Zacarias, capítulo 14, versículos 4 e 5, todavia, existem comentários contraditórios.
O terremoto será de tamanha magnitude que “...toda ilha fugiu, e os montes não se acharam...”
O castigo será mesmo tremendo, pois “... sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento...” Um talento é equivalente, mais ou menos, a 34 quilos – Dicionário Bíblico Wycliffe, editado pela CPAD.
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