Na manhã do dia 10, compareceu maior número de policiais militares, mas foram poucos os que levaram a família. A maioria não aceitava a participação de sua família, a qual teria mais condições de fazer pressão junto ao governo, enquanto a tropa ficaria aquartelada. Inútil, tentei convencê-los, os quais estavam tão decepcionados da vida que não aceitavam as minhas sugestões, e não admitiam que eu ou qualquer membro da diretoria recuasse.
A tensão dos policiais gerava grande preocupação à comissão, que temia perder o controle da tropa, considerando o seu firme propósito de só retornar às atividades quando o governador atendesse as reivindicações.
À reunião compareceram os deputados oposicionistas Leonardo Arruda, Antônio Capistrano, Júnior Souto, Carlos Eduardo Alves e Antônio Jácome, que prestaram solidariedade aos policiais militares.
A assembléia permaneceu reunida até às 15:00 horas, ficando decidido que no dia seguinte - sexta-feira, às 7 horas, os policiais e suas famílias estariam se reunindo na Quadra de Esportes do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, a fim de ouvirem a palavra do comandante geral, e mais uma vez a tropa retornaria ao gabinete do Secretário Chefe do Gabinete Civil, a fim de saber sobre a posição do governo quanto à proposta entregue pelo deputado Getúlio Rego, no primeiro dia de greve.
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