Na metade do caminho avistei o quartel. Fui tomando chegada. Todo assustado com aqueles modos de matuto. Apresentei o bilhete à sentinela, informando-lhe que gostaria de falar com o sargento Balduíno. Minha voz quase que não saia.
Vem o sargento comandante da guarda, que escalou um soldado para apresentar-me ao sargento. O soldado chegou ao gabinete de Balduíno, que era responsável pelo alistamento do pessoal, juntou os pés, fez continência e disse:
O Sargento Balduíno, que estava escrevendo numa máquina de datilografia, parou o seu trabalho para atender-me. Fiz-lhe entrega do bilhete, que o leu em voz alta na minha presença e balançava com a cabeça dando sinal positivo.
O brigada disse-me que o decreto só abriria no final daquele mês, mas eu iria ficar acostado e arranchado. Dois vocábulos que eu não entendia! Levou-me até à Companhia de Instrução e disse ao sargento-furriel:
“Coloque este rapaz na grade de rancho, que ele vai ficar acostado aqui. E continuando, acrescentou: Dê-lhe um armário, biliche e seus acessórios”.
Deu meio-dia. Vem, então um cabo, o qual determinou que o pessoal acostado entrasse em forma, coluna por três. Em seguida, disse:
“Comigo, para o rancho”.
A comida não tinha aquele gosto da caseira, mas era boa. Feijão, farinha, arroz, carne escassa e duas bananas.
Eu achava interessantes as instruções de ordem unida e as continências que os policiais prestavam. Mas, o que eu mais admirava era a disciplina que existia entre os segmentos da hierarquia militar.
O cabo de dia à companhia viu minha mala velha dentro do armário de ferro que eu havia recebido. Pediu-me a chave do armário, dizendo:
“Vou jogar esta mala no lixo, pois você não vai precisar mais dela. Você é peixinho do sargento Balduíno. Pode se considerar incorporado na polícia”
|
19 |