O prazo para o cumprimento do mandado não foi obedecido. Enquanto isto o Secretário de Segurança Pública continuava com as suas entrevistas se posicionando contra, colocando a sua colher no prato errado. Ele numa entrevistas que deu ao jornal Correio de Natal, dizia:
“O que será do trabalhador de 120, enquanto o soldado ganha 257 reais?”
Dava para entender que o secretário queria jogar outras categorias contra os policiais militares. E era uma comparação estranha e absurda, uma vez que o trabalhador de 120 reais, num turno ininterrupto, cumpre 6 horas de trabalho por dia, enquanto o policial militar, 24 por 48 ou 24 por 24, portanto, mais de 90 horas semanais; e o trabalhador, em turno normal, penas, 44 horas semanais.
O secretário devia comparar o soldado PM com um soldado engajado do Exército, que ganhava 540 reais, à época. E levando-se em consideração a função deste em tempo de paz, com à do policial militar, perigosa não o era.
O secretário, com aquela desastrosa posição, deixava bem claro as razões de sua presença na segurança pública.
Foi colocado pelo governo como testa de ferrro, com ordens para “dar nó em pingo d’água” na questão vitoriosa dos policiais militares. E deu ao aproveitar-se de fraqueza dos coronéis
As posições do governador e do general serviram para fortalecer a onda de descrédito dentro da corporação, virando voz corrente na boca das más línguas:
“Eu não disse - dizia eles - manda quem está no poder. Ninguém pode contra o governo”.
Davam a entender que seria uma grande vitória para eles.
Que coisa!...
Que mesquinhez infernal!
Contudo, aumentava o número de policiais insatisfeitos desejando que as associações tomassem uma providência mais enérgica. Mas, como? Se todas estavam sendo controladas pelo Comando Geral!
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