Cap 66 -Gal Justino mandou telegrama a Aluízio
Cap 66 -Gal Justino mandou telegrama a Aluízio

 

                   Querendo atender as reivindicações dos sargentos, que seria 100% de reajuste nos soldos, o governador Aluízio Alves mandou mensagem à Assembléia Legislativa, mas em forma de abono, todavia, os sargentos não aceitaram e reafirmaram o estado de greve se não fosse o reajuste nos soldos.

Temendo que os sargentos retornassem à greve, o general Justino mandou  telegrama  ao governador Aluízio, por intermédio do serviço de rádio da Polícia Militar, em cujo documento o aconselhava que transformasse o abono em aumento real. O governador vendo que não estava recebendo a confiança do general Justino, mandou nova mensagem ao Poder Legislativo concedendo 100% de reajuste nos soldos dos praças, 80% para os oficiais e 60% para os servidores civis, incluindo o Poder Judiciário.

A união dos sargentos era grande e eles estavam dispostos a tudo. Um jornalista aluízista mantinha um programa, às tardes, através da Amplificadora Cruzeiro do Sul - uma espécie de rádio comunitária. Este cidadão todo dia criticava os sargentos dizendo que eles mereciam ficar presos num xadrez com um metro quadrado. Os sargentos se reuniram, a fim de darem uma surra  no jornalista, este, se escondeu e o programa passou muito tempo fora do ar. Ameaças, insultos, campanhas sujas contra os sargentos, nada  os intimidava. Eles estavam destemidos e insolentes.

Aluízio queria a todo custo vingar-se dos sargentos, e como prova disto basta dizer que ele designou para presidir o Inquérito Policial Militar, a fim de apurar a responsabilidade criminal de quem achado em culpa, o coronel do Exército Rolendino, seu correligionário político, em cuja residência conservava hasteada  uma bandeira aluizista com dois metros de tamanho. Decorreram-se vários dias com o coronel presidindo o IPM, porém, em nada nos agradava, pois os fatos se convergiam para o aluizismo, e nós poderíamos cair numa emboscada armada habilmente por Aluízio.

Resolvemos, então, contra-atacar. Protestamos a presença do coronel Rolendino à frente das investigações e solicitamos a nomeação de outro oficial.

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