Numa manhã próxima à data que passei a presidência do clube ao meu vice-presidente, fui visitar os sargentos que estavam fazendo o Curso de Aperfeiçoamento no CFAP. Conversei com os sargentos, que se encontravam reunidos na sua sala de aulas, quando lá chegou o Comandante Geral, o qual baixou a cabeça, não olhou para ninguém. Deu meia-volta e desapareceu.
Não contei em casa o quê acontecera no CFAP. À tarde, sai de casa e retornei às 19 horas e 30 minutos. A alguns metros de distância de casa, escutei os gritos de minha esposa. Acelerei os passos. Encontrei-a chorando, com a face bastante roxa e inchada. Acalmou-se com a minha presença. Depois de alguns minutos, já tranqüila, ela disse-me que estava na sala assistindo televisão, quando uma pessoa apareceu à porta e recuou. Levantou-se e foi até lá. Era um homem, ao qual perguntou o que ele desejava.
Sem dizer mais nada, o major Reis foi embora. No outro dia, logo cedo, ainda telefonei para o dito cidadão querendo saber sobre o motivo da sua ida ao meu lar, cujo oficial me fez uma pergunta parecida com a que eu lhe fizera:
“Que motivo lhe levou ao CFAP, Júlio”!?
Após o contato com o tal oficial, tomei conhecimento que o comandante, muito furioso, havia transferido, como punição, para outra subunidade da corporação, o único oficial que se encontrava no CFAP por ocasião da minha visita.
|
25 |