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Cap 59 Telegrama de Aluízio ao Ministro da Justiça
Cap 59 Telegrama de Aluízio ao Ministro da Justiça

 

                   O governador Aluízio apanhou o helicóptero do Estado e foi sobrevoar o Quartel da Polícia Militar. Ele viu que não existia um soldado armado, nem  mesmo  com  uma  tora  de  pau.  Viu  também que até a sentinela do Portão das Armas estava desarmada. E viu uma tropa ordeira, que desejava tão-somente uma vida digna.

De volta ao seu palácio, o senhor Aluízio Alves mandou um telegrama ao doutor Abelardo Jurema, Ministro da Justiça, em cujo documento informava que os sargentos da Polícia Militar, sublevados pela política partidária, todos bem armados com os seus soldados, estavam em greve atemorizando a população, inclusive ameaçando derrubá-lo do governo.

A desastrosa posição assumida por Aluízio foi severamente criticada por um de seus assessores que lhe indagou:

“Governador, Vossa Excelência viu que não existe ninguém armado dentro do Quartel da Polícia Militar, mas mesmo assim o senhor vai mandar este telegrama"?

Aluizio respondeu impiedosamente:

“Vou, sim!...”

O ministro ao receber o telegrama não mandou averiguar se era verdade tão grave denúncia. E de maneira precipitada, tomou  uma medida no mínimo arbitrária, ao baixar expediente ao Ministro da Guerra determinando que as Forças Federais tomassem o Quartel da Polícia Militar, e em caso de resistência, bombardeá-lo, para em seguida tomá-lo de assalto com o emprego de todo tipo de armas.

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