O soldado Luiz Gonzaga depois de passar 60 dias incomunicável, foi posto em liberdade e expulso pelo comandante. E a esposa do companheiro passou, também, a ser viúva de marido vivo.
A OAB e os Direitos Humanos da Igreja Católica estavam preocupados com as atitudes perversas do alto comando, que geravam uma péssima repercussão perante a sociedade. Evidentemente, que não seria esta a preocupação do comandante que se tornara fiel escudeiro a serviço de interesses adversos às necessidades dos humildes policiais militares.
O doutor Hélio de Vasconcelos, presidente da Ordem dos Advogados da Brasil - OAB, garantia que se fosse preciso a Ordem iria até ao Governador do Estado para solucionar o impasse, e se o problema fosse salarial iria às últimas conseqüências, até esgotar as possibilidades de negociação. E foi com a interferência dos Direitos Humanos da Igreja Católica e da Ordem dos Advogados que o governo concedeu um reajuste à Polícia Militar chegando à casa de 300%, e para os outros servidores um índice bem inferior. Não obstante, aquele desatualizado capitão dissera ao seu indefeso subordinado que a greve teria dado em nada.
Não tardou, contudo, a inflação, que era muito alta, acima de 60% ao mês, consumir o percentual de reajuste salarial. Apesar do salário mínimo acompanhar o índice inflacionário, o governo não reajustava os soldos dos policiais, e sim, colocava mais abono, ocasionando a redução dos vencimentos da tropa, chegando o triste abano até ao primeiro sargento.
|
25 |