Na sexta-feira foi realizada a reunião com as presenças dos doutores Jaime Mariz e Roberto Furtado, Secretários de Planejamento e Administração, simultaneamente. Fazia-se presente o Secretário de Segurança invés do Comandante da Polícia Militar.
O general, mais uma vez, tomou a defesa do estado, dizendo:
E o secretário ficou:
“Mas... mas.. mas...” E não saiu do mas...mas...
Não houve nenhum avanço na reunião, sendo marcada outra para a sexta-feira seguinte, que também foi sem sucesso. E marcaram uma terceira reunião. Nesta, eles disseram que só podiam dispor de 500 mil reais para distribuir nos contracheques dos policiais. Ora, aumentava perto de 3 milhões e 500 mil reais na folha de pagamento da corporação, portanto, não se via nenhuma possibilidade de fechar uma negociação satisfatória, isto porque retiraria, apenas, o abono e seguia-se a infeliz tabela do general: Aluno Soldado 120, Soldado 121, e o Cabo 123 reais de soldo, chegando ao subtenente, o ridículo percentual de 3%, com soldo de 195 reais. Todavia, pela ação judicial seria de soldo: Soldado PM - 240 reais, chegando ao subtenente um soldo de 540 reais. Mas, as línguas sujas andaram dizendo que a questão não foi resolvida porque eu e a comissão não aceitamos a proposta do governador.
Em razão da indisposição do governo, chegamos à conclusão que ele queria era ganhar tempo, não existindo nenhum interesse para resolver a nossa questão, especialmente, contando com o testa de ferro que colocara à frente da Secretaria de Segurança Pública, cuja presença nos quartéis deixava grande número de coronéis se tremendo de medo.
O governador - aquele bom candidato que prometeu resolver a questão salarial dos policiais sem precisar de continuar a luta na justiça - percebeu a fraqueza do alto comando, que para agradar aos gregos e troianos se posicionava literalmente contra à causa e evitava tocar no assunto.
À hora das assembléias, os comandantes, tanto Mesquita como Gadelha, convocavam os presidentes das 3 fortes associações ao Gabinete do Alto Comando, os quais retornavam ao Clube Tiradentes de cabeças totalmente manipuladas por seu comandante.
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