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Cap 47 Gil rejeitou ser oficial
Cap 47 Gil rejeitou ser oficial

            Várias propostas dos sargentos reivindicando reajuste salarial foram encaminhadas ao governo, o qual continuava indisposto sem abrir espaço a uma negociação.

A diretoria da associação realizou sucessivas reuniões dentro de poucos dias com o coronel Luciano, cobrando dele uma posição mais enérgica. Na última reunião, o comandante bastante chateado, falou:

  • Eu já falei com Aluízio!!...
  • E qual foi a resposta, coronel? - perguntou Gil.
  • Ele disse que vai estudar.
  • Mas estudar até quando, comandante? – indagou Gil.

No dia da última conversa com o comandante, que não apresentou nada de positivo, os sargentos exigiram de Gil uma atitude mais concreta e que fosse capaz de gerar impacto perante as autoridades e à opinião pública, visto que Aluízio não estava dando a mínima às propostas apresentadas.

O comandante ao tomar conhecimento sobre o firme propósito dos sargentos, e  que a tropa seguiria os seus passos, foi correndo ao Hospital da Polícia Militar onde Gil trabalhava como burocrática. Lá no hospital, trancou-se com Gil no gabinete do diretor, querendo que ele desistisse de levar avante as pretensões dos sargentos. Foram duas horas  de  diálogo  sem  sucesso.  Concluindo,  o coronel ofereceu-lhe o curso de oficial da corporação com tudo pago pela Polícia Militar - do espadim à farda - inclusive sem fazer os exames de seleção, considerando que Gil era um intelectual.

Ele, que era homem de muita fibra, não cedeu à proposta do comandante e com absoluta convicção respondeu para Luciano que jamais abriria mão, pois o mesmo era o representante dos sargentos, e em hipótese alguma os trairia. E com muita coragem acrescentou:

“Coronel, vai chegar a hora que nós deixaremos o senhor de lado, por que o senhor até agora não tem conseguido resolver nada sobre as nossas reivindicações junto ao governador Aluízio”.

Aquela resposta deixara o coronel Luciano profundamente amargurado, o qual deixou o sargento Gil sem dizer mais uma só palavra, pois ele percebera que estava encurralado pelos sargentos, que  não aceitavam mais as  desculpas procedentes do Palácio da Esperança.

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