Um fato que passou a chamar à atenção dos policiais militares e visto com muita estranheza era o pagamento de gratificações aos coronéis do alto comando, sem existir nenhuma lei, que se propagou rapidamente no meio da tropa. E os policiais as chamaram de cala boca.
Inconformado com o descaso dos oficiais do alto comando fui à Procuradoria Geral do Estado, a fim de colher informação sobre as tais gratificações, e quem me atendeu muito interessado no assunto foi o Procurador do Estado, doutor Francisco de Souza Nunes, ex-coronel da Polícia Militar, o qual se manifestou contra as gratificações, e me forneceu vários documentos contendo pareceres da Procuradoria Geral contra ao pagamento das gratificações que o alto comando recebia. Ele, todavia, não deixou de criticar-me dizendo:
“Se eu fosse o comandante lhe daria uma punição, pois existe um regulamento disciplinar, e você vive dando entrevista em jornais, rádios e televisões.”
Ora, ora que procurador mais besta, o qual continuava com a cabeça de coronel de polícia!
Num dos pareceres, que era de novembro de 1991, o procurador considerava ilícito o pagamento de tais gratificações.
De posse dos documentos, procurei os meios de comunicação e denunciei aquela irregularidade. Deixei os coronéis transformados numas feras, os quais só estavam interessados no bem-estar deles mesmos. Era incrível!!!
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