O Recurso em Mandado de Segurança estava estacionado na Procuradoria Geral da República há mais de 3 anos.
Eu sempre dizia a alguns policiais que a nossa única esperança estava no mandado, mas não houve interesse por parte de quem estava na presidência do Clube Tiradentes para agilizar o seu andamento. Em razão desse descaso, resolvi mandar uma carta, datada de 18 de agosto de 1996, ao Procurador Geral da República, à qual juntei cópias de contracheques de policiais militares, a fim de provar que nós estávamos ganhando uma miséria, e solicitei urgência na apreciação do processo.
Em 18 de outubro de 1996, nós obtivemos a primeira vitória. A Subprocuradoria da República deu parecer favorável ao nosso pleito e devolveu o RMS ao Superior Tribunal de Justiça.
Reacendia-se a chama e não me acomodei. No final de janeiro de 1997, remeti carta ao Ministro Cid Flaquer Scartezzini, relator do mandado. Na carta, eu relatei a real situação, inclusive juntando documentos. No STJ, as coisas correram rápidas, e no dia 4 de fevereiro de 1997, aquela corte, à unanimidade, julgou procedente o nosso mandado. Logo que a notícia chegou, quase ninguém acreditava.
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