No final de agosto, após o toque de formatura geral para a revista matinal, presente o Comandante Geral, coronel José Reinaldo Cavalcanti, foi realizada a chamada dos duzentos e poucos homens, que seriam incorporados.
Quem ia sendo chamado, entrava em forma coluna por seis. Ao chamar o último homem, chegaram três investigadores da Polícia Civil, que correram a vista, demoradamente, em todos os homens. Os investigadores retiraram cinco pessoas, que tiveram seus documentos devolvidos e foram informadas que não poderiam servir à corporação. Os quais tinham ficha na polícia civil.
Além destes, houve o caso daquele oficial superior, que parou diante dos recrutas, deteve-se um instante olhando para Ivan e dando sinal com a mão direita, disse:
“Venha cá!...”
Continuando, determinou ao oficial subalterno que estava à frente da tropa:
“Devolva os documentos deste cidadão, pois ele não presta e tem várias entradas na Delegacia de Parnamirim”.
Realmente, o oficial tinha razão. Os anos se passaram e eu tive oportunidade de vê Ivan preso sucessivas vezes pela Delegacia de Roubos e Furtos, em Natal.
Chegou o dia da incorporação - 2 de setembro de 1957. Éramos 225 homens. Não seria possível declinar os nomes de tanta gente, contudo, destaco aqueles que me foram mais próximos: Gil Xavier de Lucena, João Xavier Filho, Sérgio Teixeira de Sousa, Orlando, Cirilo.
Meu nome de guerra: Soldado Júlio.
Passamos quatro meses como recrutas, assistindo aulas nos dois expedientes e recebendo instruções de ordem unida, regulamentos militares e de policiamento.
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