As palavras grosseiras do general Omar Emy Chaves dirigidas ao padre Manoel Barbosa, no momento da rendição da tropa, submetendo-o à humilhação perante aos seus companheiros de farda e a uma grande multidão que presenciava à distância de uns cem metros, causaram repúdio à Igreja Católica, que, com veemência, protestou através dos meios de comunicação, inclusive distribuindo nota à sociedade, condenando ação do general a serviço do governador Aluízio. Em todas as missas, a Arquidiocese Potiguar mandou ler nota de protesto sobre os maltratos e a prisão dos quais foi vítima o padre Manoel Barbosa.
As autoridades federais, principalmente, o general Justino Alves Bastos e o coronel Mendonça Lima, não gostaram da história do telegrama ao Ministro da Justiça, pois na Polícia Militar não existia um só policial armado. O caso era, unicamente, fome.
O sargento Geraldo Aurélio Wanderlei, que era radiotelegrafista, nos informava sobre tudo quanto acontecia entre o Exército e o governador Geraldo Aurélio Wanderley. Ele, sendo do setor de radiotelegrafia, cuja estação ficava vizinha ao nosso alojamento, captava todas as mensagens através do código mossa - sinal usado pela telegrafia. Foi através deste código, que tomamos conhecimento sobre as severas críticas que o general Justino fazia ao governador Aluízio Alves.
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