O crédito dado nas cadernetas, que era um valor irrisório, em nada melhorou a vida dos funcionários. Dentro do Quartel da Polícia Militar, ninguém mais queria ser partidário de Aluízio. A tropa, decepcionada e desiludida, não via nenhuma perspectiva para melhores condições de vida. A comunidade miliciana vivia um verdadeiro desencanto.
Vem o final do ano de 1961. O governador deu um abono de emergência aos servidores civis e militares, mas num pequeno percentual, que não resolveu nada. E suspendeu o crédito concedido no início do seu governo.
Os valores das compras realizadas pelos servidores na cantina da Polícia Militar foram descontados do mixuruca abono de emergência.
Sabendo que sobre o abono dado não podiam incidir as gratificações, o governo viu que esta seria a maneira mais correta para esvaziar a folha de pagamento do funcionalismo, impondo-lhe uma vida miserável, especialmente, aos policiais militares.
Continuando, no ano seguinte Aluízio deu mais abono ao servidor, todavia, não se aproximava à realidade do custo de vida. Na Polícia Militar, por exemplo, o salário de um terceiro sargento não chegava ao valor de um salário mínimo. A Polícia Militar foi classificada pela imprensa nacional como a organização policial militar mais pobre do país.
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