O processo do Conselho de Disciplina foi velozmente remetido à Auditoria Militar. Lá chegou carregado de ira e ódio.
Ao tomar conhecimento, fui àquela repartição, e tive a oportunidade de lê, demoradamente, os seus autos. Fiquei conhecendo todas as acusações que me eram imputadas de maneira covarde e desumana, com o único objetivo: Atender aos cruéis e mesquinhos caprichos do alto comando.
Auditoria Militar ficava bem próxima à minha residência. Deixei aquela repartição às 16:00 horas, com destino ao meu lar. Sai de cabeça virada numa profunda depressão. Perdi o rumo do meu destino. Às 18 horas e 30 minutos, dei-me conta. Eu estava zanzando pelo centro da cidade. Tomei rumo certo, e fui para casa.
No alto comando, onde era praticada toda perversidade contra os indefesos policiais, já estava tudo certo: Se a auditoria aceitasse a funesta acusação, o Conselho de Sentença, que era composto pelos “justiceiros” oficiais da polícia - escolhidos aos olhos do Comandante Geral - iria me condenar a 4 anos de penitenciária, sem eu haver praticado nenhum crime, senão lutar defendendo melhores salários, inclusive para os tiranos que me submeteram a toda aquela humilhação.
Como prova disto, basta dizer que tenente Sebastião, que teve oportunidade de lê o processo, perguntou ao coronel Altamiro:
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