Como de costume, acordei antes das 4 da madrugada. A cidade estava no escuro por que a casa de força que gerava enérgia funcionava até às 22 horas.
Na casa de Chico Galvão via-se a luz de um lampião. E ouviam-se vozes. Vi dois vultos indo em minha direção. Era Chico Galvão com seu empregado.
Paulo levou-me ao curral. Vi que existiam mais cabeças de gado que na fazendo de meu padrinho João. Portanto, quanto ao trabalho não fazia diferença.
“Vá laçar aquele bezerro ali. Vá laçar aquele outro” - dizia Paulo.
Paulo, que não tinha a rapidez de compadre Zeca, terminou de tirar o leite às 8 horas da manhã. Fomos tomar café com Chico Galvão. Velho de barriga cheia! Mesa farta! Mas não fazia inveja a padrinho João.
Ao terminar o café dei uma saída até à calçada. Bem em frente estava estacionado um caminhão misto que fazia a linha de Monte Alegre à Natal. Entre os passageiros que iam embarcar estava Afonso de seu Nô de Madalena das Sete Bocas. Ele passara três anos na Capital de São Paulo e naquele momento estava retornando àquela grande metrópole.
O motorista ligou o motor do caminhão e Afonso subiu à sua cabina. O veículo seguiu viagem, enquanto Afonso me acenava.
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