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Cap 26 No meu primeiro emprego
Cap 26 No meu primeiro emprego

            Como de costume, acordei antes das 4 da madrugada. A cidade estava no escuro por que a casa de força que gerava enérgia funcionava até às 22 horas.

Na casa de Chico Galvão via-se a luz de um lampião. E ouviam-se vozes. Vi dois vultos indo em minha direção. Era Chico Galvão com seu empregado.

  • Júlio! - gritou ele.
  • Eu já estou acordado. Já desarmei até a rede.
  • Você já acordou!!? Bom dia!
  • Bom dia, seu Chico - cumprimentei-o.
  • Este aqui, Júlio, é Paulo o tirador de leite. Acompanhe ele ao curral.

Paulo levou-me ao curral. Vi que existiam mais cabeças de gado que na fazendo de meu padrinho João. Portanto, quanto ao trabalho não fazia diferença.

“Vá laçar aquele bezerro ali. Vá laçar aquele outro” - dizia Paulo.

Paulo, que não tinha a rapidez de compadre Zeca, terminou de tirar o leite às 8 horas da manhã. Fomos tomar café com Chico Galvão. Velho de barriga cheia! Mesa farta! Mas não fazia inveja a padrinho João.

Ao terminar o café dei uma saída até à calçada. Bem em frente estava estacionado um caminhão misto que fazia a linha de Monte Alegre à Natal. Entre os passageiros que iam embarcar estava Afonso de seu Nô de Madalena das Sete Bocas. Ele passara três anos na Capital de São Paulo e naquele momento estava retornando àquela grande metrópole.

  • O que você está fazendo aqui? - perguntou ele.
  • Eu deixei a casa de padrinho João, e não voltarei nunca mais.
  • Mas, você não volta mesmo?
  • Não.
  • Você quer ir comigo para São Paulo?
  • Dei-me o seu registro para comprar a passagem.
  • Ah, não tenho.
  • Mas, que pena, eu ia lhe levar e você se daria bem.

O motorista ligou o motor do caminhão e Afonso subiu à sua cabina. O veículo seguiu viagem, enquanto Afonso me acenava.

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