O Comandante Geral, coronel Artur Mesquita, teve todas as chances do mundo para reverter aquela situação. Sendo ele profundo conhecedor sobre a legislação pecuniária da corporação, perdeu uma grande oportunidade de conquistar a simpatia de sua tropa. Ele reunia todas as condições para ir ao governador, convencendo-o a não mandar aquela mensagem danosa, passando os vencimentos do Soldado PM de 257 reais para 348 reis, portanto um reajuste de 35.40%, mas, para o subtenente tão somente 3%, e que invés de mudar a lei estendesse o mesmo percentual que dera ao Soldado ao resto da tropa, que ficaria um pouco aliviada, enquanto o próprio Mesquita convocaria os policiais que estavam à frente do movimento solicitando o fim das pressões e deixassem que o processo tivesse o seu curso normal.
Mas, o coronel era refém de um cargo comissionado e de confiança. E, para se manter nele se submeteu à humilhação perante aos seus companheiros e subordinados, no gabinete do Secretário de Segurança Pública. Mesquita preferiu, lamentavelmente, desfilar na galeria dos comandantes que não lutaram por melhores vencimentos para a tropa.
O governador, de certo modo, estava mal assessorado, a começar pela Procuradoria Geral do Estado, cujo chefe, de maneira consciente, dissera que o governo não tinha saída.
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