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Cap 75 Fui ser escrivão de polícia
Cap 75 Fui ser escrivão de polícia

 

              Na Rádio Patrulha servi três anos. Como eles  não me davam paz, mais uma vez contei  com o apoio do tenente Freire, que conseguiu me passar à disposição da Secretaria de Segurança Pública, e de lá fui servir como escrivão de polícia na Delegacia de Roubos, Furtos e Defraudações, da qual ele era o seu titular, e havia deixado a RP.

Eu vivia em outro mundo e distante do patrulhamento perverso determinado à segunda seção - órgão genuinamente de repressão contra os integrantes da corporação. Senti-me aliviado, livre das malditas perseguições dos agentes de repressão.

Como escrivão, dediquei o meu tempo à função, que a exerci com muito zelo. Não demorei me tornar um dos melhores da época.

Daquela especializada fui servir um período na Delegacia de Ordem Política e Social - DOPS, cuja delegacia cuidava das investigações e processos contra os autores das atividades subversivas no Rio Grande do Norte, e trabalhava em conjunto com os órgãos de repressão das Forças Armadas.

Fazendo busca nos arquivos da DOPS, neles encontrei uma ficha com o meu nome. Lá estava no histórico da ficha:

“Júlio Ribeiro da Rocha, 3º sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, envolvido em atividades subversivas no Rio Grande do Norte”.

Daquela repartição, fui transferido para a Polinter - Polícia Interestadual - comandada pelo coronel Bento Manoel de Medeiros, que fora, até então, o maior caçador de bandidos no Nordeste.

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